31 de maio de 2007

Frases soltas

'Cansei de duetos, pra que cantar em duetos se eu vivo num solo?'
senhorita Aguiar

'Não há nem lagrimas para chorar'
senhor X

'Me lamba!'
senhorita Cabrita



frases de amigos amados. que um dia usarei para mim.

Sorrisos

- agora me perseguem as rosas......
- tem prestado mais atenção nelas
- e você tem toda a culpa

pq eu não gosto de caraminholas!

30 de maio de 2007

Bofetão

Ah, mas darei-te um bofetão,
desses de caíres ao chão
e a ti não sobrarão
dos braços nem a mão.


ps.: Bobo, bobo, bobo, bobo! Feito no carro, com sinusite!

Rosas

Ah dona borboleta
pousa em minhas mãos
que são dessas de roseiras.
Mas não florecem
não são bonitas,
mas tem espinhos.

Não temas. Juro
que cuidarei de tuas asas
fico assim, paradinha,
adimirando-a, ouvindo
o bater suave de tuas asas.

Mas tens que cuidar
do meu coração
ou, ele também,
criará espinhos.

Se cuidares destas roseiras,
de galhos negros feito teu corpo,
rosas laranjas como tuas asas nelas nascerão.

Cuides bem delas, por favor,
quero ter em minhas mãos
flores, cores,
dessas de desabrochar
os mais puros amores.

Se tornarão uma coisa só
as rosas e tu, borboleta.

Mede e Adiciona

Quantos serão
os centímetros cúbicos
de lágrimas que
derramarei em minha vida?

Quantos decibéites será
que tem minha gargalhada,
que tem o bater do meu coração?
Será que bate no ritmo de um tambor?

A quantos quilômetros por hora
será que corre o sangue em minhas veias?

Quantas serão
as pessoas que passarão
em minha vida?

Quanto por cento será
que cada uma deixará em mim?
Quanto por cento
levarão de mim?

Quantos ‘freuds’
de nervosismo será que
meu cérebro aguentará?
Quantos ‘sbirligs’
de alegria será que
meu sorriso agüenta?

Será que um cientista russoinventará um modo
de medir a minha saudade?
Mas russo não tem saudade,
só ‘sente falta’.

Além do mais
a falta que te sinto
é imensurável.

Nem centímetros cúbicos,
nem decibéites,
nem quilômetros por hora
poderão medi-la.Quanto menos ‘freuds ou ‘sbirlugs’!

À Melhor do Mundo

Se precisar de alguém para abraçar e rir,
se precisar de alguém para abraçar
e chorar num banheiro sujo,
estarei aqui.

Se quiser ficar sozinha,
te ponho a mão no ombro
‘to sentada logo alí’ e fico à postos,
esperando qualquer suspiro mais longo,
qualquer projeto de meia palavra pra chegar mais perto.

Sempre que precisar,
para cigarros à meia noite
ou risadas em meio ao parque
envoltas de amor, de humor, de rumores.

Pra contar aventuras sexuais
pra compartilhar todo tipo de aventuras.
Para deslises laranjas ao pôr-do-sol,
ou fumaça e linguas azuis a aurora cinza da cidade.

Estou e estarei aqui sempre.
Se gritares, eu corro. Mas se corro!
Corro, apenas para ouvir-te
'Comi lavage dos porco e lembrei de você, Pork’

Te amo, e sei que é pra sempre,
sei que é amor pra reclamar do marido,
amor pra reclamar dos adolecentes da casa,
amor pra se orgulhar dos netos,
amor..., amor pra dar o ultimo suspiro de vida aflita juntas.

Te digo,
obrigada.

26 de maio de 2007

Desabafo

Amor,
não sei se ainda posso te chamar assim mas tenho coisas a lhe dizer. Não quero deixar nosso trato de lado e parar de lhe contar a verdade, então, devo lhe confessar que estive pensando em você. Peguei-me ouvindo aquela nossa música e escrevendo, quase que automaticamente, num desenho, "saudade". Foi bom eu ter me desprendido de você mas, ao mesmo tempo, o que eu mais queria era estar junto à você e com você só pra mim. Porque, mesmo com todos os outros, você sempre foi o principal, o primeiro. Eu deixara os outros na palma de minha mão, mas você, que eu não conseguia fazer apaixonar, me tinha nas mãos, nos ombros, no pescoço, nas pernas e nos cabelos. Se estalasse os dedos eu ia correndo mas, - como diria Lisbela - coroada como uma rainha. Sinto que tua boca nunca foi minha, você nunca foi meu de verdade. Era naqueles momentos rápidos, intensos e excitantes, maravilhosos, devo dizer. Parece que fui só uma aventura que acabou, você simplesmente se cansou do brinquedo que não era mais novidade.
Eu queria ouvir isso da tua boca, queria que você me machucasse de verdade para eu ver que estou certa, e quebrar o CD, rasgar as cartas e apagar os e-mails.
Vem, me fala a verdade que meu coração precisa de uma dor definitiva, não essa tortura que me consome, pouco a pouco. Preciso matar essa esperança e passar a borracha na memória. Vem! Me diz toda tua verdade!

Um murro na cara ,
da que um dia foi Tua.


' Pós-fácio ': Escrita em 15 minutos, sem quase nenhuma edição. Uma palavra aqui ou alí foram colocadas ou melhoradas, mas a essencia vem de dentro. Ela é como uma recaida de uma gripe, uma doença salgada à lágrimas. Recaida do vício de uma droga muito forte, muito forte.

Salgado à Lágrimas

...Prólogo:
..Esse texto é uma conversa organizada, mediada por mim, entre minhas facetas. Escrevi-o para mim mas tenho dó de restringi-lo. Deixo que o mundo (por puro exagero meu) o conheça.


Salgado à Lágrimas

......Hoje à tarde me aconteceu algo extremamente estranho. Um aperto, como algo engasgado na garganta, algo que não saia, como uma ânsia. Sinto-a voltando só de pensar nisso de novo e mais uma vez. Devo dizer que não sou do tipo de pessoa que esconde sentimentos ou ao menos não tenho vergonha de chorar, até choro de mais, ás vezes. Por algum motivo não consegui. Precisei de um ombro pra conseguir chorar algumas lágrimas, pouquíssimas se comparadas com o tamanho dessa ânsia, elas não me serviram de nada.
......Essa ânsia me volta agora e, só agora, me faz vomitar essas palavras salgadas à lágrimas. Fico me perguntando se inventei todo esse amor, se fagocitei esse amor, inventei-o e tornei-o mim.
......Sinto-me completamente infantil agora, com esse anseio desesperado por carinho, por amor, por amante. Meu alter-ego, ou uma de minhas facetas, vem à tona, toma conta de mim. Ela é uma menina ainda, inocente, que não desistiu do amor por não saber os efeitos colaterais, a longo prazo, dessa droga Ainda não passaram os efeitos, a viagem ainda não passou. Ou passou e ela não quer acreditar.
......Palavras dizem pouco, eu sei disso, mas essa lágrima que acaba de percorrer as curvas de meu rosto diz muito. Uma lágrima sozinha, que veio num piscar de olhos cheios d’água. Caiu pelo canto interno do meu olho direito. Desceu pelo meu nariz e parou na argola que tenho nele. Acaba de cair nessa folha de papel, salgando-a à lágrima.
......Teu olhar ontem a mim disse muito. Disse que tudo se tornou a maior mentira. Ocorre-me agora o verso daquela nossa música, “se lembra quando agente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre”. Quanta ingenuidade a nossa... Ou será que só eu acreditava? Será que você só mentia pra mim? Será que seus olhos, seus olhares, mentiram pra mim?
......Isso já não importa mais para algumas de minhas facetas, e importa mais do que elas mesmas para outras delas. Ao som de soluços abafados paro e vomitar, ao menos as palavras. Quanto às lágrimas, não sei por quanto tempo continuarão a percorrer meu rosto. Enquanto isso fico acordada nessa anamnese.

Ana.mne.se – s.f. na filosofia platônica, rememoração gradativa através da qual o filósofo redescobre dentro de si as verdades essenciais e latentes que remontam a um tempo anterior ao de sua existência empírica.

( Sem Título )

Mil elementos poéticos me ocorrem agora, repito todos, em diversas ordens desordenadas, em minha mente. Permito-me até riscar algumas palavras à lápis que podiam simplesmente ser apagadas. Em letra garranchada, com um sorriso no rosto e uma estranha felicidade interna, procuro um jeito de organizar tais desorganizados elementos. Olhar... carros... olhares diferentes... diferentes situações... músicas... Voltam-me a memória agora falas de uma peça de teatro que, por puro capricho de minha imaginação finjo ser da memória de uma famosa e consagrada atriz/escritora. Me dá vontade de descrever tudo com descrições soltas - Ria das mulheres feias e aflitas, pelas bexigas cheias e pelas mariposas de varios tamanhos. Sorria ao ouvir os comentários aflitos que faziam entre elas, como que alheia a tudo aquilo. Até que ouvi um comentário sobre a barata, meu sorriso tomou ares de um sorriso mecânico e nervoso, amarelo mesmo, ares que passaram logo. Ao me olhar no espelho , quando a fila já andara, vi uma que não era eu, era um eu estranho, não sei por quê. - Tomam-me a mente mil descrições dos olhares daquelas mulheres feias, que, se olhadas mais rigorosamente tinham sua própria beleza, peculiar exótica e feia. Voltam-me a cabeça mil risadas dadas ao longo do feriado prolongado. Minha vontade de escrever tudo vai cessando junto à dor abdominal causada pelas risadas vindas da memória. Paro de escrever assim, como comecei, sem mais nem menos. Num ponto gráfico na folha pautada.

Laranja (,) Rosa

...Estou voltando pra casa, aqui no frio deste avião. Depois de tudo que passei, vivi, vi. Sabe aqueles momentos em que nos sentimos mínimos diante da gigantesca beleza da natureza?
...No passeio de barco, o pôr-do-sol, a luz alaranjada do fim do dia, e os óculos escuros, de lentes verdes. O vento na cara me tirava um pouco a visão, paramos. Não lembro ao certo porquê, mas paramos em frente a uma “prainha”, um banco de areia, laranja como o sol e como nós, laranjas. Uma árvore estava caída lá, com apenas parte de suas raízes no solo, viva, transbordando vida, como um corpo de luz, essa luz alaranjada de fim de dia. Todo aquele verde em volta, por incrível que pareça, era laranja. Aos pôr-dos-sois a árvore, o vento, o sol, a luz, nós, laranja.
...Anteontem estava sentada na rede da fazenda, depois de nadar a tarde toda com uma roupa apertada de neoprene nada melhor do que um descanso na rede, subi no redário que ficava numa parte mais alta da fazenda, as redes eram de couro artesanal e pareciam redes de janela, com aqueles losangos. Deitei em uma delas, virada de costas para onde estavam todos, sozinha, virada de frente para o pôr-do-sol. A paisagem não me lembro bem, mas sei que não era mais verde, era laranja. Eu também a essa altura era laranja
...Laranja como a rosa que vi hoje, do ônibus vindo para o aeroporto. Hoje era o nascer do sol, não mais o pôr. Era o nascer de novo, outra luz, nova. Agora o avião vai partir, estou voltando.Vejo lá embaixo agora com o sol a pino, não mais o nascer, não mais o pôr. E aquela rosa laranja não me sai não me sai da cabeça, e esse sentimento de voltar. Voltar diferente do que foi, do que fui, do que era. Mas nunca me esquecer do laranja daquela rosa, pude sentir o cheiro dela quando a vi de longe, cheirosa a rosa. Caprichosa.

Laranja, Rosa
Laranja Rosa
Rosa, Laranja
Rosa Laranja