Vivia sozinho no mundo
pensando no comum
no fundo
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Solitário, ninguém a sua volta,
andava pela rua sozinho
se sentindo Rei.
Era Rei do inanimado,
mas ao menos rei ele era.
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Mandava e desmandava em seu mundo,
tinha poder, logo se via.
Poder sem arrogancia, deve-se dizer,
mas com pitadas de um orgulho bom.
Alguns do mundo comum
criticavam, cutucavam,
mas digo que era pura inveja
de como bastáva-se.
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Não desgostava dos homens,
nem, tampouco, das mulheres,
apenas gostava mais dos animais,
das flores, das árvores, da rua vazia.
Com essas ria, cantava p`ra elas
e nelas se deitava se cansasse.
Era pleno seu mundo,
era pleno em seu mundo.
10 de julho de 2007
Rei da Rua
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